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Investigado por: 2018-08-05

Partidos vão receber R$ 1,7 bilhão do Fundo Eleitoral para as campanhas

Mensagem que circula no WhatsApp afirma que os 35 partidos políticos vão receber R$ 1,7 bilhão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para financiar a campanha eleitoral. O texto viral traz uma lista de quanto cada agremiação vai receber da corte para as eleições de 2018.

A mensagem trata do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), ou Fundo Eleitoral, e é verdadeira. Os valores foram divulgados pelo TSE em 18 de junho de 2018 e podem ser consultados nesta tabela.

O fundo foi criado durante a Reforma Política, realizada em outubro de 2017 pelo Congresso Nacional. O montante vem, em parte, da transferência de 30% das emendas de bancadas de deputados e senadores no ano eleitoral. Outra fonte para esse fundo é o montante equivalente à compensação fiscal, antes paga às emissoras de rádio e TV pela propaganda partidária, que foi extinta.

Segundo o Bieje (Boletim Informativo da Escola Judiciária Eleitoral), fornecido pelo TSE, a distribuição dos recursos deve obedecer aos seguintes critérios:

1. 2% divididos igualitariamente entre todos os partidos registrados no TSE;
2. 35% divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última eleição geral para a Câmara;
3. 48% divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares; e
4. 15% divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado Federal, consideradas as legendas dos titulares.

Investigado por: 2018-08-05

Antes de compartilhar, Comprova

Hoje, 6 de agosto, entra em operação o projeto Comprova. Nas próximas 12 semanas, dezenas de jornalistas de 24 veículos de mídia vão trabalhar em conjunto para combater as ondas de desinformação nas redes sociais durante a campanha eleitoral. Trata-se da maior iniciativa de colaboração entre empresas concorrentes da história da imprensa brasileira. E você também pode ajudar nesse desafio.

A coalizão do Comprova vai monitorar as redes em busca de conteúdo enganoso relacionado às eleições, e agir para desmentir boatos sempre que tiverem caráter viral ou o potencial de desinformar um grande número de eleitores. Por meio de um número de WhatsApp (11 97795-0022), o público poderá encaminhar às equipes de checagem textos, áudios, fotos e vídeos suspeitos.

Se for constatada falsidade, os desmentidos serão respondidos pelo próprio WhatsApp, além de publicados aqui no projetocomprova.com.br e nos sites dos integrantes da coalizão. As checagens sempre serão feitas em conjunto: para que algo seja divulgado, será necessário ter o aval de pelo menos três veículos distintos. O material terá licença Creative Commons, ou seja, poderá ser republicado livremente, desde que haja atribuição ao Comprova e o conteúdo não seja alterado.

Os interessados devem salvar o número (11) 97795-0022 na lista de contatos de seu celular e então enviar uma mensagem com o pedido de checagem.

A participação do público não se limitará ao envio de conteúdo para checagem. Os interessados serão encorajados a compartilhar a informação checada com seus contatos de WhatsApp e também nas redes sociais.

Este texto de boas vindas será o único conteúdo do site até que tenhamos mais material para publicar.

O Comprova não é apenas um projeto jornalístico. Um de seus objetivos é ajudar o público em geral a detectar as evidências que indicam a adulteração de um conteúdo com objetivo de enganar.

A metodologia de checagem foi desenvolvida pelo First Draft, um projeto do Centro Shorenstein da Harvard Kennedy School.

A convite do First Draft, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) coordena a coalizão de 24 veículos.

As organizações de mídia envolvidas no Comprova são: AFP, Band News, Band TV, Canal Futura, Correio do Povo, Exame, Folha de S.Paulo, GaúchaZH, Gazeta Online, Gazeta do Povo, Jornal do Commercio, Metro Brasil, Nexo Jornal, Nova Escola, NSC Comunicação, O Estado de S.Paulo, O Povo, Poder360, Rádio Band News FM, Rádio Bandeirantes, Revista Piauí, SBT, UOL e Veja.

O Comprova conta com o apoio do Projor, entidade que trabalha para fortalecer o jornalismo no Brasil. A Google News Initiative e o Projeto de Jornalismo do Facebook ajudaram a financiar o projeto, e ambas as empresas estão fornecendo suporte técnico e treinamento para as equipes envolvidas.

Parceiros Institucionais incluem a Abraji, a ANJ (Associação Nacional de Jornais no Brasil), o escritório do Centro David Rockefeller para Estudos Latino-Americanos da Universidade de Harvard, o Projor, a agência Aos Fatos, a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e a RBMDF Advogados. Os parceiros de tecnologia incluem CrowdTangle, NewsWhip, Torabit, Twitter e WhatsApp.

Investigado por: 2018-08-04

Feministas a favor do aborto não fazem ato satânico contra os cristãos

Um vídeo publicado numa rede social mostra suposto movimento feminista a favor do aborto, em um parque onde mulheres vestidas de bruxas realizam satanismo para atingir os cristãos.

No entanto, o vídeo original é de uma intervenção de um movimento feminista durante a discussões sobre a lei de liberação do aborto na Argentina, que dividiu o país em favor e contra.

O movimento, conhecido por ‘La Descolonizada’, gravou a intervenção teatral do coletivo ‘Arde el Aquelare’, em uma praça de Santa Fé, na Argentina, de um ritual de bruxas que defendem a liberdade de escolha das mulheres, inclusive por ter direito ao aborto.

“As bruxas sempre foram mulheres que se atreveram a serem ótimas, corajosas e regressivas, inteligentes, dissidentes, ouvintes, curiosas independentes, liberadas sexualmente e revolucionárias. Somos bruxas, somos mulheres, somos libertação, somos nós”, diz parte do manifesto publicado pelo coletivo em rede social.

O evento aconteceu em 10 de junho de 2018, horas antes do projeto de lei da legalização da liberação do aborto entrar na pauta da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional argentino. Dois dias depois, um jornal argentino publicou o vídeo do evento e uma reportagem sobre a intervenção.