O Projeto Comprova é uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada pela Abraji e que reúne jornalistas de 42 veículos de comunicação brasileiros para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas que foram compartilhados nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens.Filtro:
Jornalistas e pesquisadores da América Latina vão debater inteligência artificial e combate à desinformação em momentos de crise. O LatamChequea será realizado na universidade ESPM e é coordenado conjuntamente pela organização argentina de fact-checking Chequeado e pelos brasileiros Projeto Comprova, Aos Fatos, Lupa e Estadão Verifica.
Jornalistas que se dedicam à checagem de fatos na América Latina, nos Estados Unidos e na Espanha se reúnem a partir de hoje (27), em São Paulo, em evento da rede LatamChequea, que reúne 47 entidades de 21 países. Serão debatidos temas como riscos da inteligência artificial, combate à desinformação em momentos de crise e regulamentação das redes sociais.
A rede LatamChequea foi criada em 2014 pelo Chequeado, organização sem fins lucrativos da Argentina que trabalha com checagem e educação midiática. Neste ano, o 10º aniversário da iniciativa colaborativa latino-americana será celebrado no evento, sediado na universidade ESPM, sob a organização conjunta entre Chequeado e os brasileiros projeto Comprova, Aos Fatos, Lupa e Estadão Verifica.
Olivia Sohr, coordenadora do LatamChequea, destaca a importância de se enfrentar de forma conjunta os grupos que espalham desinformação nas redes. “Um evento como esse permite construir alianças e vínculos entre organizações que buscam enfrentar a desinformação e faz com que sejam mais efetivas em suas estratégias”, afirmou.
Além de jornalistas, pesquisadores acadêmicos e especialistas em tecnologia compartilharão experiências, desafios e perspectivas em conferências, oficinas e rodas de conversa. O encontro é co-financiado pela União Européia e tem apoio de Google News Initiative, International Fact Checking Network (IFCN), National Endowment for Democracy (NED) e a universidade ESPM. Também conta com apoio logístico da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
Leia a seguir entrevista de Olivia Sohr:
Quais serão os principais temas debatidos no evento do LatamChequea?
O encontro deve reunir cerca de 120 participantes, o mais numeroso desde que iniciamos a rede. Queremos que seja um espaço para debater as novidades do fact-checking, as tendências da desinformação e as melhores estratégias que os checadores estão implementando para combatê-la. Um dos temas centrais será a inteligência artificial. Por um lado, o efeito que tem sobre o ecossistema informativo, e por outro, as ferramentas que podem facilitar o trabalho. Também discutiremos alfabetização midiática e o que nós, verificadores, podemos fazer para que os cidadãos tenham melhores ferramentas para exercer o pensamento crítico frente aos conteúdos que circulam nas redes. Outros temas serão desinformação em momentos de crise; regulação de redes sociais, com exemplos bons e não tão bons de diferentes países; e como poderemos colaborar mais efetivamente para desenvolver tecnologia.
Neste ano, Brasil, México, Estados Unidos, Uruguai e Venezuela passaram por processos eleitorais, com o tema da desinformação sempre presente.
É muito importante para os checadores da região ter boas informações sobre o que ocorre nas eleições de outros países, já que, muitas vezes, elas marcam tendências do que depois ocorrerá localmente. Isso em relação ao tipo de desinformação que circula, os atores que as difundem e outros aspectos. Compartilhar esse conhecimento faz com que os checadores estejam mais bem preparados para quando essas ondas e táticas aparecerem.
Como o combate à desinformação pode ajudar a fortalecer a democracia da região?
As pessoas precisam ter acesso a informações de qualidade para participar da discussão democrática. Por isso, é essencial combater os efeitos da desinformação. Para enfrentar esse desafio, precisamos trabalhar de maneira colaborativa.
Ao final das Eleições Municipais de 2024, as agências de checagem observam que o período teve menos pedidos de verificação enviados pelo público do que o imaginado. Será isso um sinal de que a desconfiança crescente está afastando os brasileiros da política? Um esforço inédito entre seis veículos e a ONG Meedan busca combater a desinformação e a crise de confiança que ameaça a democracia.
Em um cenário onde a desinformação segue sendo uma das maiores ameaças à integridade democrática, o número de solicitações de checagem durante o período eleitoral de 2024 se manteve bastante similar aos meses anteriores ao início da campanha. Esperava-se um aumento nos pedidos de checagem diante da intensa desinformação vista em anos eleitorais anteriores. No entanto, a manutenção dos números acabou sendo uma surpresa.
Antecipando-se ao que achavam ser um momento eleitoral com nova avalanche desinformativa estabeleceu-se uma ação de colaboração entre as seis maiores agências de checagem do Brasil — AFP, Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa, Projeto Comprova e UOL Confere — que, em parceria com a ONG Meedan, compartilharam dúvidas e conteúdos desinformativos de suas audiências de maneira integrada. O objetivo: compreender o cenário da desinformação que circulou nas redes sociais e em grupos privados durante o período eleitoral e enfrentar, de forma conjunta, um desafio coletivo que ameaça o processo democrático.
Entre 6 de agosto e 27 de outubro — dia do segundo turno eleitoral — as agências de verificação receberam 2.369 envios de seu público para verificar potenciais peças de desinformação sobre os candidatos e a integridade do processo de votação.
Uma perspectiva colaborativa entre agências de notícias sobre a desinformação
Ao unirem esforços, as agências puderam analisar os pedidos de verificação de suas audiências de maneira abrangente, identificando padrões e trocando informações que agilizaram seus processos editoriais. Essa colaboração foi essencial para mapear as principais preocupações da população e identificar os temas mais frequentes que alimentaram a desinformação.
O relatório da Meedan sobre os dados compartilhados mostra que, ao todo, as seis agências receberam 2.369 pedidos de verificação durante as eleições municipais, um número substancial, porém abaixo do que a percepção dos checadores acreditava, dado o momento eleitoral.
A análise conjunta revelou alguns padrões preocupantes. O Brasil continua com uma produção e distribuição organizada de ataque às instituições democráticas. Isso valida-se ao observar que a maioria dos pedidos de verificação centrou-se em narrativas que reforçam a desconfiança no processo eleitoral. Entre elas, a alegada manipulação de urnas eletrônicas e a suposta interferência do Supremo Tribunal Federal no resultado da eleição, mostrando que velhas peças de desinformação ainda exercem impacto. O ciclo repetitivo dessas narrativas falsas aponta para uma estratégia deliberada de manter antigos discursos vivos, o que sugere que, mesmo em menor volume, a desinformação permanece perigosa por sua persistência.
De acordo com o relatório dos dados das agências de checagem, 44,6% de todos os envios de sugestões de verificação foram relacionadas à integridade do processo eleitoral, sendo que 49,4% desse conteúdo focava especificamente nas urnas eletrônicas. Isso demonstra a persistência de um cenário já observado nas eleições anteriores, com narrativas que questionam a segurança e o funcionamento das urnas dominando o cenário da desinformação. Além disso, 100 conteúdos enviados foram relacionados à desinformação sobre a legislação eleitoral vigente, o que sugere uma confusão persistente sobre as regras do processo eleitoral.
| Fonte: Relatório Meedan 2024.
Pautas de Costume como instrumento de polarização
Outro ponto de destaque é o uso crescente de temas morais para polarizar o debate público. 13% dos envios que tratavam de moralidade estavam diretamente relacionados à religião. Questões como a sexualização precoce de crianças (16%), aborto (11%) e Identidade de gênero (14%) somaram quase 40% das questões abordadas sobre moralidade, frequentemente vinculadas a narrativas religiosas para influenciar o eleitorado.
Esse uso da religião como instrumento político demonstra uma tentativa de engajar grupos específicos de eleitores, aprofundando a divisão ideológica e desviando a atenção de questões políticas mais amplas.
| Fonte: Relatório Meedan 2024.
As narrativas que polarizam Bolsonaro vs. Lula persistem
Mesmo durante eleições municipais, a polarização entre apoiadores de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu forte. 48 peças de conteúdo partidário destacaram essa divisão, evidenciando como o debate político ainda é amplamente influenciado pelas dinâmicas das eleições federais anteriores.
Saúde e desinformação: o legado da pandemia
A pandemia de Covid-19 deixou um legado de desinformação sobre saúde pública. 24 peças de conteúdo enviadas às agências de checagem estavam relacionadas a questões de saúde, sendo que 70% delas focavam em vacinas. Isso mostra que, apesar da diminuição do impacto da pandemia, o tema das vacinas ainda polariza e gera desconfiança no público, o que pode ser reflexo de narrativas anticiência que inundaram o país nos anos anteriores.
IA e deepfakes: muito menos do que o esperado
Com o avanço das tecnologias de inteligência artificial, era esperado um aumento massivo no uso de deepfakes e outros mecanismos de IA para espalhar desinformação. No entanto, o uso da inteligência artificial para este fimnão foi como o imaginado. A maior parte das peças de desinformação não foi gerada por IA, e, quando ocorreu, ela teve foco majoritário em candidaturas de mulheres e representantes de grupos LGBTQIAP+. Não se pode afirmar se a regulamentação da Justiça Eleitoral foi um fator que inibiu a prática ou se o acesso às tecnologias de IA ainda é nichado.
Consumo de verificação de fatos concentrada no Sudeste
A concentração de pedidos de verificação de informações na região Sudeste (57%) indica um acesso mais elevado a mecanismos de checagem na região com maior densidade econômica e populacional. Esse fenômeno pode estar relacionado às disparidades regionais de infraestrutura digital e educação, destacando a necessidade de ampliar a cobertura e o acesso à checagem de fatos em outras regiões do país para fortalecer a integridade democrática nacional.
| Fonte: Relatório Meedan 2024.
Rumo à eleição presidencial de 2026
Diante desse cenário, é fundamental destacar o papel do jornalismo e da checagem de fatos como pilares da democracia. Se as narrativas desinformantes continuam as mesmas há dois anos e se a participação dos eleitores está caindo nas grandes cidades brasileiras, o fortalecimento do acesso a conteúdos checados e de qualidade se mostra indispensável para recobrar a confiança da população nos processos democráticos e na política.
Nosso papel neste esforço coletivo, como agências de checagem, é identificar quais serão as narrativas que tentarão confundir a cidadania na eleição presidencial de 2026 e buscar novas maneiras de combater aquelas que, apesar de recicladas, ainda têm algum efeito.
Na preparação para 2026, também será fundamental buscar aliados sem interesses partidários que promovam a educação midiática. Essa aliança entre os principais meios de verificação brasileiros — AFP, Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa, Projeto Comprova e UOL Confere — se concretizou graças ao uso do Meedan como aliado tecnológico e conseguiu chegar exatamente onde os cidadãos estão conectados e comunicados: na mensageria instantânea.
O combate à desinformação, porém, não se resume apenas à verificação de fatos. É preciso fortalecer a confiança da população nas instituições democráticas e nos veículos de mídia de forma colaborativa e integrada para que a sociedade brasileira possa, em 2026, exercer seu direito ao voto de forma plena e informada.
Por: AFP, Aos Fatos, Estadão Verifica, Lupa, Projeto Comprova, UOL Confere e Meedan.
Uma caixa de ferramentas para investigação de conteúdos digitais, um guia básico de Inteligência Artificial para jornalistas e um programa de mentorias gratuito para orientar jornalistas locais para iniciar ou avançar em verificação de conteúdos de desinformação fazem parte do pacote de Recursos para Jornalistas oferecido pelo Comprova.
A partir desta quinta-feira, 5 de setembro, profissionais de qualquer veículo noticioso brasileiro que acessarem o chatbot do Comprova no WhatsApp terão acesso a três recursos criados para apoiar a investigação de conteúdos suspeitos relacionados às eleições municipais.
O primeiro recurso é uma caixa de ferramentas com dezenas de aplicações digitais disponíveis na web e que podem ser usadas para verificações de conteúdos de texto, áudio e imagens, busca, monitoramento de redes sociais, documentação, geolocalização e rastreamento. A maioria delas é de uso gratuito.
O segundo é o manual “Inteligência Artificial: o básico para jornalistas“, um guia que mostra o potencial de IA, principalmente a generativa para o jornalismo e para a produção de conteúdos de desinformação e deepfakes, as ferramentas disponíveis para produção e para detecção de uso de IA na criação, e a legislação do TSE para a IA nas eleições de 2024.
Por fim, jornalistas que necessitarem de orientações para iniciar ou avançar em uma investigação de um conteúdo suspeito ou sabidamente falso sobre a eleição em sua cidade poderão agendar uma sessão de mentoria gratuita com um profissional experiente do Comprova. Cada sessão terá duração de até 20 minutos e o projeto prevê oferecer até 500 sessões de mentoria para jornalistas de veículos que não fazem parte do Comprova.
O Comprova é liderado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e financiado pela Google News Initiative. Em 2024, o Comprova também recebeu recursos de Meta e WhatsApp.
“O Comprova já é a maior coalizão do mundo no combate à desinformação, mas com a iniciativa do pacote de recursos, chegaremos a mais jornalistas e veículos de comunicação, com capilaridade e uma presença efetiva na cobertura das eleições em muitos mais municípios, prestando um serviço para o voto bem informado e para a população”, comenta Katia Brembatti, presidente da Abraji.
Como apoio ao trabalho jornalístico no período eleitoral, a Central de cursos da Abraji também mantém acessíveis os conteúdos do curso online “Verificação e checagem de fatos nas eleições municipais — ênfase em Inteligência Artificial”, um programa de capacitação em checagem realizado em maio de 2024 com apoio da Embaixada e dos Consulados dos Estados Unidos no Brasil.
A Abraji também apoia a reedição do Manual de jornalismo local lançado pelo Projor, uma extensa biblioteca de conteúdos de apoio ao jornalismo local nas eleições, desde uso de dados municipais, legislação e até sugestões de perguntas para serem feitas aos candidatos.
A Abraji é uma organização sem fins lucrativos que há duas décadas se dedica ao aprimoramento profissional dos jornalistas e à difusão dos conceitos e técnicas da reportagem investigativa.
O programa de Residência no Comprova é uma etapa prática que complementa a formação de jornalistas para o trabalho de verificação de desinformação. A quarta edição teve participação de nove jornalistas oriundos da Jornada Galápagos de Jornalismo de 2024.
O Comprova encerrou a quarta edição de seu Programa de Residência com participação de nove jornalistas e 19 reportagens publicadas. O programa foi criado em 2021 para oferecer uma etapa prática a jornalistas que participaram de cursos sobre verificação e checagem de fatos na plataforma de cursos da Abraji. As reportagens foram publicadas no site do Comprova e nos veículos jornalísticos que formam a coalizão.
Os nove residentes formaram com outros 21 jornalistas o grupo que participou da Jornada Galápagos de Jornalismo de 2024. Para Alecsandra Zapparoli, fundadora e publisher da Galápagos Newsmaking, “o Programa de Residência do Comprova, sem dúvida, complementou significativamente a formação dos jovens participantes da Jornada. Eles aprenderam na prática, por oito semanas, como investigar desinformação de maneira colaborativa com profissionais de grandes veículos de comunicação. Além da capacitação e conscientização em uma temática tão fundamental, sobretudo em ano eleitoral, a experiência proporcionou networking aos jovens e possibilidade de ampliação da atuação profissional.”
“A parceria Galápagos e Abraji é um dos pontos altos do ano. É um acordo ganha-ganha, em que contribuímos para a formação de jornalistas mais preparados para lidar com os desafios da profissão e com a missão de informar bem a população”, destaca Katia Brembatti, presidente da Abraji.
Além da participação na jornada, os jornalistas que participaram do programa receberam aulas online do curso “Verificação e checagem de fatos nas eleições municipais – ênfase em Inteligência Artificial” disponível na Central de cursos da Abraji.
Na Residência, os jornalistas participam ativamente de checagens em colaboração com jornalistas que representam os 42 veículos membros do Comprova e aprendem a usar ferramentas de investigação e a aplicar metodologias de checagem. Eles também atuam na etapa de cross-checking, uma revisão feita pelos pares que não trabalharam na investigação e que busca chegar a um consenso sobre todos os aspectos da verificação.
Participaram do Programa de Residência no Comprova em 2024:
Davi Vittorazzi
Julia Salim Monteiro de Castro Paes
Leandra Souza
Luan Souza da Conceição
Ma Leri Silverio da Silva
Raquel Rocha
Rayane Lopes
Samantha Stephany do Nascimento Conceição
Stéphanie Karoline Araújo do Carmo
O Programa de Residência foi realizado com parte do financiamento recebido pelo Comprova da Google News Initiative. O curso Verificação e checagem de fatos nas eleições municipais – ênfase em Inteligência Artificial foi realizado com recursos obtidos em edital da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.
Com patrocínio master do Google, projeto terá três novos integrantes e vai apoiar com treinamento e consultorias gratuitas jornalistas de outros veículos nas eleições. Meta também volta a apoiar o Comprova em 2024
O Projeto Comprova, iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), inicia nesta quarta-feira, 10 de julho, o monitoramento e a verificação de conteúdos de desinformação relacionados às eleições municipais de 2024. Os editores e repórteres dos 42 veículos de comunicação que fazem parte do projeto estão reunidos na sede do Google, em São Paulo, para o ComprovaDay, evento que dá a largada para a cobertura.
O Comprova vai monitorar redes sociais para identificar conteúdos virais suspeitos sobre o processo eleitoral e as campanhas nos municípios, investigar a integridade dessas informações e publicar as verificações na rede de veículos que participam do projeto. A desinformação relacionada a temas como políticas públicas, saúde e mudanças climáticas continuará no escopo do Comprova neste ano.
Dada a complexidade do monitoramento das eleições que serão realizadas em 5.569 municípios em 6 de outubro, o Comprova espera contar com a colaboração do público. Sugestões de verificação podem ser enviadas pelo site do projeto, pelo aplicativo ou pelo WhatsApp.
Na campanha eleitoral, o canal de atendimento do Comprova no WhatsApp oferecerá também recursos para jornalistas de redações que não fazem parte do projeto. Indicações para uso de ferramentas que ajudem na investigação de diversos tipos de conteúdos suspeitos sobre as eleições poderão ser obtidas pelo WhatsApp. E, a partir de agosto, editores e jornalistas experientes do Comprova oferecerão um total de até 500 sessões de consultoria gratuita a colegas de redações de fora do projeto que busquem orientações para investigar conteúdos suspeitos relacionados às eleições em seus municípios.
Para a presidente da Abraji, Katia Brembatti, o momento para esse tipo de iniciativa é agora, em que se desenha o cenário eleitoral e profissionais de imprensa precisam estar preparados para os desafios que se avizinham. Muitas vezes, o foco da cobertura jornalística política fica nas eleições de âmbito federal, mas é no pleito municipal que acontecem as decisões que impactam mais diretamente a vida das pessoas. Agora, é o jornalismo local que necessita de treinamento adequado para revelar os casos de desinformação e com isso ajudar a população a fazer escolhas informadas.
Neste sétimo ano de investigações colaborativas, três novas organizações passam a integrar o projeto: Meio, Terra e Agência Tatu. Eles se unem a outros 39 veículos de comunicação de todo o país para verificar informações suspeitas e desmentir conteúdos enganosos ou deliberadamente falsos que obtiveram maior alcance e engajamento nas redes sociais.
O Comprova criou também um grupo de trabalho que está acompanhando o uso de Inteligência Artificial por agentes de desinformação e irá incorporar funcionalidades em seus canais de atendimento que utilizem IA para melhorar e agilizar a atenção aos usuários. Novos projetos que utilizem IA para otimizar o enfrentamento da desinformação serão divulgados nos próximos meses.
O projeto de monitoramento e verificação das eleições municipais em 2024 conta com o patrocínio master da Google News Initiative, que financia o Comprova desde o início, em 2018.
Para Marco Túlio Pires, head do Google News Lab, do time de parcerias de jornalismo do Google, o Comprova continua liderando o trabalho colaborativo para o combate às notícias fraudulentas. “O Comprova é uma das maiores coalizões jornalísticas em atividade, com jornalistas se reunindo todos os dias para combater a desinformação, especialmente em ciclos eleitorais”, diz. “O Google se orgulha de apoiar a iniciativa desde a sua fundação e ajudar a criar o espaço necessário para que ela floresça.”
Pelo Comprova já passaram mais de 300 repórteres que receberam treinamento para investigar desinformação e participaram de investigações colaborativas com colegas de outros veículos de comunicação. E jornalistas que não estão ligados aos veículos membros do projeto, puderam também aprimorar suas técnicas no Programa de Residência do Comprova. A terceira fase do programa, em 2024, vai receber jornalistas oriundos da Jornada Galápagos de Jornalismo para complementar sua formação em um período de oito semanas de experiência em checagens com a equipe de verificadores do Comprova.
Outras organizações colaboram com o Comprova em projetos e ações especiais neste ano eleitoral.
O canal Me Explica vai colaborar com a capacitação de jornalistas do Comprova para a produção de conteúdos explicativos para o projeto; a Educamídia, do Instituto Palavra Aberta, irá contribuir com o Comprova na produção de conteúdos de letramento midiático; o JusBrasil vai disponibilizar uma ferramenta customizada e treinar os jornalistas do projeto para acessarem informações jurídicas públicas e abertas; e a COAR Notícias vai colaborar em projetos que visam elevar o letramento midiático no combate à desinformação de forma regional, com linguagem acessível e identidade próxima aos usuários.
Meta e WhatsApp também irão financiar ações do Comprova no enfrentamento da desinformação. Pelo WhatsApp, os leitores poderão enviar sugestões para verificação, consultar checagens já feitas e assinar uma newsletter. O Comprova também está lançando um canal para divulgar as verificações, conteúdos do Comprova Explica e orientações aos usuários para lidar com a desinformação durante o período eleitoral.
“Estamos orgulhosos de, mais uma vez, estabelecer uma parceria com o Comprova para possibilitar este trabalho tão importante de combate à desinformação. Continuaremos a investir em iniciativas que visam ajudar as pessoas a encontrar fontes confiáveis de informação na palma de sua mão”, disse Julia Bain, gerente sênior do Programa para Parcerias de Integridade na Meta.
O Comprova é também parceiro da Justiça Eleitoral no Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação.
Sobre o Comprova
O Projeto Comprova é uma iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada pela Abraji e que reúne jornalistas de 42 veículos de comunicação brasileiros para descobrir, investigar e desmascarar conteúdos suspeitos sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas que foram compartilhados nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens. Os conteúdos do Comprova estão liberados para republicação e seguem a Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-ND 4.0) da CreativeCommons. É possível copiar e distribuir o material em qualquer meio ou formato, com qualquer propósito – mesmo comercial.
O Comprova investigou conteúdos publicados em nove diferentes plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens. As plataformas que mais contribuíram com conteúdos para as investigações foram X, com 130 publicações investigadas e o TikTok, com 92.
O Comprova encerra o ano de 2023 com 224 reportagens publicadas, resultado de investigações dos conteúdos duvidosos de maior viralização nas redes sociais e aplicativos de mensagens sobre políticas públicas no âmbito federal. Além das verificações, o projeto publicou 39 reportagens para a seção Comprova Explica, formato explanatório que oferece mais contexto para assuntos com grande potencial de viralização.
O Comprova investigou conteúdos publicados em nove diferentes plataformas de redes sociais e aplicativos de mensagens. As plataformas que mais contribuiram com conteúdos para as investigações foram X, com 130 publicações investigadas e o TikTok, com 92.
No Comprova, os jornalistas trabalham normalmente em grupos de três repórteres, de diferentes organizações, e no mínimo outros três fazem a revisão antes da publicação, o que faz com que o resultado seja uma criação coletiva.
Ao final de cada edição do Comprova, publicamos a lista com os nomes e respectivos veículos dos jornalistas que participaram das investigações. Em 2023, quatro editores e 54 jornalistas participaram das investigações. São eles:
Adriano Silva Soares
Imirante
Alessandra Monnerat
Estadão Verifica
Amanda Prado
piauí
Ana Carolina Guilherme
SBT
Ana Mangas
Correio de Carajás
Ariel Freitas
Estadão Verifica
Bernardo Augusto Andrade da Costa
Estadão Verifica
Bruna Barone
BandNews TV
Bruno Vital
Tribuna do Norte
Camila Ribeiro
Rádio CBN Cuiabá
Camila Souza
Correio do Povo
Carlos Cerqueira Iavelberg
UOL
Carolina Guerra
Sistema Jornal do Commercio
Cecília Sorgine
AFP Checamos
Cido Coelho
SBT e SBT News
Clarice Sá
UOL
Clarissa Pacheco
Estadão Verifica
Frederico Oliveira de Carvalho
AFP Checamos
Gabi Coelho
Estadão Verifica
Gabriel Belic
Estadão Verifica
Gabriela Brasil da Silva Marcião
Portal Norte de Notícias
Giovana Frioli
Estadão
Homero Pivotto Jr.
Grupo RBS
Isabela Aleixo
UOL
Isadora Albernaz
Poder360
Izabella Caixeta
Estado de Minas
Jonatas Martins
Metrópoles
José Muniz de Lima Neto
Portal Norte de Notícias
Joyce Heurich
Grupo Sinos
Júlia Duarte
O Povo
Karina Costa
Alma Preta
Karla Araújo
O Popular
Katia Brembatti
Estadão
Leonardo Lopes
Rádio Novabrasil FM
Lucas Jozino
Rádio Bandeirantes
Luciana de Araújo Nascimento
Estadão Verifica
Luciana Loebens Marschall
Estadão Verifica
Luisa Alcantara e Silva
Folha de S.Paulo
Margareth da Câmara Grilo
Tribuna do Note
Maria Cecília Zaperlon
Plural
Maria Clara Pestre
AFP Checamos
Maria Eduarda Souza Nascimento
Estadão Verifica
Milka Moura
Estadão Verifica
Natalia de Souza Bourguignon
A Gazeta
Pablo Luiz Fernandez Bichiqui
BandNews FM
Paulo Batistella
NSC Total
Pedro de Souza Prata
Estadão Verifica
Rachel Siston
O Dia
Thatiany do Nascimento Pereira
Diário do Nordeste
Thays Martins
Correio Braziliense
Valesca Consolaro
Correio do Estado
Vandré Abreu
Jornal O Popular
Victor Oliveira
Alma Preta
Vitor Magalhães
O Povo
Os editores David Michelson, Hélio Miguel Filho, José Antonio Lima e Sérgio Lüdtke fazem parte da equipe fixa do Comprova.
O projeto Comprova encerra sua quinta fase, dedicada às eleições presidenciais, com 378 reportagens investigativas publicadas. Essas investigações têm como foco os conteúdos duvidosos que mais viralizaram em redes sociais no Brasil em 2022. As reportagens mostraram que 96,7% das postagens verificadas eram falsas ou enganosas.
O Comprova também explorou as possibilidades do jornalismo explanatório. A seção Comprova Explica publicou 21 reportagens que levaram aos leitores mais contexto sobre temas que geraram dúvidas e suspeitas e propiciaram a criação de muitas peças de desinformação. A abordagem explicativa usada pelo Comprova tem o propósito de se antecipar à circulação de boatos e conteúdos enganosos oferecendo informação que contextualiza situações, fatos e eventos, sempre consultando diversas fontes e zelando pela precisão.
Projetos de 2022
Em 2022, o Comprova atuou em diversas frentes para reduzir o impacto da desinformação.
Em convênio com o Poynter Institute, o Comprova lançou em março a versão em português do Media Wise for Seniors um minicurso gratuito por WhatsApp destinado a pessoas com mais de 50 anos e com objetivo de elevar a capacidade de análise crítica dos leitores para conteúdos que circulam nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.
O Comprova participa do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em 2022, voltou a participar do CheckBR, uma coalizão de iniciativas de checagem brasileiras que colaboram para ampliar a capacidade de investigação nos finais de semana de votação.
Neste ano, o Comprova apoiou o projeto #FakeToFora, uma iniciativa do Instituto Palavra Aberta para fomentar a participação de jovens nas eleições e assinou um termo de cooperação técnica com o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos escolheu o site do Comprova para fazer parte do “Brazilian Presidential Election 2022 Web Archive”, que busca preservar uma coleção de publicações de relevância histórica e cultural.
Financiamento
Google News Initiative e Meta financiam o Comprova desde o início em 2018. Neste ano, a Embaixada dos Estados Unidos apoiou com recursos o programa +Redações, que permitiu a participação de jornalistas de mais seis organizações de notícias no projeto, e o WhatsApp contribuiu financeiramente para apoiar a automatização de parte do processo de atendimento às pessoas que enviam sugestões de conteúdos para verificação pelo número 11 97045-4984.
Colaboração e equipe
O Comprova é um projeto colaborativo liderado pela Abraji com base em metodologias de verificação criadas pela First Draft. As investigações são feitas em conjunto por dois a quatro jornalistas de diferentes meios de comunicação e o relatório final é submetido a uma revisão por pares das outras organizações que não fizeram parte da investigação. Somente após a validação desse relatório por ao menos três outras organizações, a reportagem poderá ser publicada no site do Comprova e, na sequência, pelos demais veículos que fazem parte do consórcio. Os conteúdos do Comprova estão regrados por uma licença Creative Commons e qualquer veículo de comunicação pode republicá-los.
Desta quinta fase do Comprova participaram 43 organizações jornalísticas. Esses veículos cederam repórteres para participar de investigações colaborativas e publicaram em seus canais as verificações produzidas pelo projeto. O Comprova já coletou links de mais de 4,3 mil publicações feitas pelas organizações parceiras em 2022.
Neste ano, 91 jornalistas participaram diretamente de investigações em colaboração com colegas de diferentes organizações. Os profissionais que trabalharam no Comprova tiveram acesso a mais de 40 horas de treinamento e puderam integrar um programa de residência para um período de atividades práticas com os demais profissionais do projeto.
| Captura de tela de reunião remota da equipe de editores e verificadores do Comprova.
O Comprova agradece pela participação na edição 2022 aos seguintes profissionais:
Verificadores
Adriana Bernardes
Correio Braziliense
Adriano Silva Soares
Portal Imirante.com
Alberi Neto
Grupo RBS
Alessandra Monnerat
Estadão Verifica
Alexandro Mota
Estadão Verifica
Alicia Miyashiro
Correio do Estado
Aline Nunes
A Gazeta
Amanda Palma
Estadão Verifica
Ana Carolina Guilherme
SBT e SBT News
Ana Mangas
Correio de Carajás
André Luiz Rosa
CNN Brasil
Anella Reta
AFP Checamos
Cido Coelho
SBT e SBT News
Ariel Freitas
Estadão Verifica
Barbara Schneider
SBT
Beatriz Perez
O Dia
Bernardo Costa
O Dia
Bruna Barone
BandNews FM
Caio Mattos
Revista Crusoé
Camila Barão Souza
Correio do Povo
Camila de Carli
AFP Checamos
Camila Ribeiro
Rádio CBN Cuiabá
Carolina Figueiredo
CNN Brasil
Catarina Duarte dos Santos
NSC Total
Cauê Reis
Correio do Estado
Cecília Sorgine
AFP Checamos
Cintia Araújo
Imirante
Clarice Sá
UOL Confere
Clarissa Pacheco
Estadão Verifica
Daniel Tozzi
revista piauí
Daniela Santos
Metrópoles
Denise Chrispim
Estadão Verifica
Eduardo Luiz Maia Coelho
O Liberal
Elisama Ximenes
O Popular
Emanuelle Menezes
SBT News
Filipe Pereira
O POVO
Francisco Artur
Correio Braziliense
Fredy Alexandrakis
Nexo Jornal
Gabi Coelho
Estadão Verifica
Gabriel Belic
Estadão Verifica
Gabriela Ghiraldelli
CNN Brasil
Gabriela Meireles
Estadão Verifica
Gabriela Mestre
Poder360
Giovana Frioli
Estadão Verifica
Isabela Aleixo
UOL Confere
Isadora Albernaz
Poder360
Issel Chaia
Correio do Estado
Ivandra Previdi
SBT News
Jalmir Oliveira
Tribuna do Norte
João Carlos Coutinho
SBT e SBT News
João Felipe
Piauí
Jonatas Martins
Metrópoles
Jorge C. Carrasco
Estadão Verifica
José Muniz de Lima Neto
Portal Norte
Joyce Heurich
Grupo Sinos
Junia Oliveira
Estado de Minas
Karla Araújo
O Popular
Katia Brembatti
Estadão Verifica
Lázaro Tavares de Magalhães Júnior
O Liberal
Leonardo Rodrigues Lopes
CNN Brasil
Letícia Mutchnik
UOL Confere
Lucas Moraes
Sistema Jornal do Commercio
Luciana de Araújo Nascimento
Correio de Carajás
Luciana Marschall
Estadão Verifica
Luciana Mello
Jornal Plural
Luisa Alcantara e Silva
Folha de S.Paulo
Luiza Queiroz
AFP Checamos
Marcelo Perrone
Estadão Verifica
Mari Leal
Correio (BA)
Maria Cecília Zarpelon
Jornal Plural
Maria Clara Pestre
AFP Checamos
Maria Eduarda Nascimento
Estadão Verifica
Mariana Vick
Nexo Jornal
Mateus Caselato
CNN Brasil
Matheus Caselato
CNN Brasil
Mayara Nascimento
Correio do Estado
Mayra Leal do Nascimento
SBT
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Estadão Verifica
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BandNews FM
Pedro Noel
Estadão Verifica
Pedro Prata
Estadão Verifica
Rodolfo Andrade
SBT
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NSC Comunicação
Samuel Lima
Estadão Verifica
Silvana Bittencourt
O Popular
Talita Burbulhan
Estadão Verifica
Thaís Ferreira
Nexo Jornal
Thais Libni da Costa
Correio do Estado
Thatiany Nascimento
Diário do Nordeste
Thays Martins
Correio Braziliense
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VEJA
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Correio do Estado
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Alma Preta Jornalismo
Vítor Magalhães
O Povo
Estagiárias (FAAP)
Giovanna Oriani
Maria Sampaio
Laura Siccherino
Editores
David Michelsohn (Arte)
Helio Miguel Filho (Distribuição)
José Antônio Lima (Monitoramento e Produção)
Sérgio Lüdtke
Equipe Abraji
Cristina Zahar
Letícia Klein
Maria Esperidião
Paula Neiva
Regis Cerqueira
Reinaldo Chaves
Thiago Assumpção
Líderes de projeto
Alessandra Blanco
Yahoo!
Ana Naddaf
O Povo
Anella Reta
AFP Checamos
Anna Rangel
Poder360
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O Dia
Camila Marques
Folha de S. Paulo
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CBN Cuiabá
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O Liberal
Carlos Graieb
Crusoé
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Estado de Minas
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Imirante
Daniel Bramatti
Estadão Verifica
Érico Firmo
O Povo
Evelyne Lorenzetti
CNN Brasil
Everton Dantas
Tribuna do Norte
Fabricio Vitorino
NSC Total
Fernanda da Escóssia
piauí
Igor Müller
Grupo Sinos
Irineu Machado
UOL
Isabel Marchezan
GZH
Ivan Nascimento
Portal Norte de Notícias
Ivila Bessa
Diário do Nordeste
João Marcelo Sena
O Povo
João Renato Faria
Estado de Minas
Joyce Meriguetti
A Gazeta
Lázaro Magalhães
O Liberal
Leila Macor
AFP Checamos
Linda Bezerra
Correio da Bahia
Marcelo Miranda Becker
GZH
Márcio Gomes
Correio do Povo
Marcos Rodrigues
Correio do Estado
Maria Eugênia
Metrópoles
Maria Fernanda Sarney
imirante
Maria Luiza Borges
Jornal do Commercio
Mariana Niederauer
Correio Braziliense
Marina Menezes
Nexo Jornal
Mateus Netzel
Poder360
Pablo Fernandez
Band (site), Band News, Band TV, Band News FM, Metro Jornal e Rádio Bandeirantes
O aplicativo para celulares do Projeto Comprova é o vencedor do Best of 2022 da Google Play Store para o mercado brasileiro na categoria Melhores apps do bem. O resultado do prêmio foi divulgado nesta quarta-feira, 30 de novembro. A premiação valoriza aplicativos inspiradores, que ajudem a criar conexões e explorar novos mundos e que valorizem a aprendizagem de novas habilidades.
O Projeto Comprova é uma coalizão de 43 veículos de comunicação liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) que investiga colaborativamente a veracidade de conteúdos duvidosos disseminados em redes sociais, aplicativos de mensagens e sites hiperpartidários. O app é parte do esforço do Comprova para elevar a capacidade crítica dos cidadãos para lidar com a desinformação.
O aplicativo foi lançado em agosto deste ano como um recurso que oferece múltiplas funções aos seus usuários. Além de reproduzir as checagens feitas pelos jornalistas do Comprova, o aplicativo oferece dicas para detectar desinformação e não disseminá-la, permite o envio de sugestões de checagem aos editores do projeto e incentiva os usuários a fazerem suas próprias verificações de imagens suspeitas.
Uma nova atualização, a ser lançada em 2023, vai ampliar os recursos disponíveis para que o aplicativo possa ser utilizado também em projetos de educação midiática.
Desde a sua criação, profissionais do Comprova já treinaram mais de 5 mil jornalistas e estudantes de jornalismo. Educação midiática é um dos compromissos do Projeto Comprova. A coalizão se une a diversas iniciativas brasileiras que trabalham para levar conhecimento aos cidadãos brasileiros para que possam analisar criticamente a mídia e seus produtos e saibam lidar com a desinformação. Um dos objetivos do aplicativo é servir de apoio didático a professores que desenvolvam projetos de educação midiática nas escolas.
As organizações de mídia envolvidas nesta quinta fase do Comprova são: A Gazeta (ES), AFP, Alma Preta, Band News, Band News FM, Band TV, Band.com.br, CNN Brasil, Correio (BA), Correio Braziliense, Correio de Carajás (PA), Correio do Estado (MS), Correio do Povo (RS), Crusoé, Diário do Nordeste (CE), Estadão, Estado de Minas (MG), Folha de S.Paulo, Grupo Sinos (RS), GZH (RS), imirante (MA), Jornal do Commercio (PE), Metro Brasil, Metrópoles, Nexo Jornal, NSC Total (SC), O Dia (RJ), O Liberal (PA), O Popular (GO), O Povo (CE), Plural (PR), Poder360, Portal Norte de Notícias (AM), Rádio Bandeirantes, Rádio CBN Cuiabá (MT), Rádio Nova Brasil FM (SP), revista Piauí, SBT, SBT News, Tribuna do Norte (RN), UOL, Veja e Yahoo! Notícias.
Sete organizações de checagem, incluindo o Comprova, reeditam coalizão de 2018 para verificar conteúdos suspeitos sobre a eleição no final de semana do primeiro turno. Todas as checagens publicadas e republicadas pelas organizações serão marcadas nas redes sociais com a hashtag #CheckBR, de modo a facilitar a busca por informações confiáveis sobre o pleito.
Sete organizações de checagem de fatos vão se reunir entre os dias 1º e 2 de outubro para combater, em uma maratona de 48 horas, as principais desinformações sobre as eleições. No fim de semana do primeiro turno, essas plataformas vão mapear conjuntamente redes sociais e aplicativos de mensagens em busca de boatos e mentiras em larga escala que atinjam milhões de eleitores no momento em que estão decidindo seus votos.
A coalizão, chamada CheckBR, terá a colaboração de AFP Checamos, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Fato ou Fake e Lupa. O objetivo é que, com a livre reprodução de checagens entre os parceiros, mais brasileiros sejam alcançados com informações verificadas e confiáveis.
A colaboração reedita e amplia iniciativa criada para a cobertura do segundo turno das eleições presidenciais de 2018, em que organizações de verificação também atuaram juntas para combater um fluxo sem precedente de desinformação. Àquela época, seis veículos publicaram, durante 48 horas, 50 matérias com checagens de fatos que desmentiam informações falsas ou enganosas sobre a votação e o sistema eleitoral.
Todas as checagens publicadas e republicadas pelas organizações serão marcadas nas redes sociais com a hashtag #CheckBR, de modo que a busca por informações confiáveis fique mais fácil.
A iniciativa conta com o apoio institucional da Ajor (Associação de Jornalismo Digital).
Aplicativo desenvolvido com financiamento do Google reproduz checagens, oferece dicas para evitar a disseminação de desinformação, abre um canal com o projeto e vai incentivar os usuários a fazerem suas próprias verificações de imagens.
O Projeto Comprova, iniciativa colaborativa de verificação de fatos formada por 43 veículos de comunicação brasileiros e liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – Abraji, está lançando um aplicativo para celular para ajudar usuários a detectar desinformação.
A primeira versão do aplicativo já está disponível no Google Play Store e na Apple Store. Com ela, os cidadãos poderão acompanhar as verificações publicadas pelo projeto, enviar sugestões de conteúdos suspeitos para verificação e conhecer técnicas para identificação de conteúdos enganosos ou falsos disseminados pelas redes sociais. A segunda versão, que estará disponível em até duas semanas, permitirá aos usuários fazer algumas investigações de imagens com um recurso de busca oferecido pelo aplicativo. A ideia é que professores também possam usar essa funcionalidade para orientar exercícios de checagem com turmas de Educação Midiática.
Para a presidente da Abraji, Katia Brembatti, é mais uma iniciativa que mostra como estamos buscando todos os canais para chegar a mais e mais pessoas. “O combate à desinformação exige esforços em várias frentes. O aplicativo é uma forma de estar presente nos celulares”, comenta.
O aplicativo foi desenvolvido pela Vórtigo e contou com apoio e financiamento do Google Brasil. “O aplicativo representa mais um sucesso na história de parceria que temos com o Comprova e chega em um momento muito importante do país, diz Marco Túlio Pires, um dos coordenadores da Google News Initiative no Brasil. “Por meio dele, agora o brasileiro vai poder acessar conteúdo checado sobre as eleições diretamente na tela do seu celular.”
O Projeto Comprova é uma coalizão de veículos de comunicação formada em 2018 para investigar a veracidade de conteúdos suspeitos sobre as eleições presidenciais disseminados em redes sociais, aplicativos de mensagens e sites hiperpartidários. Desde então o Comprova já publicou mais de 800 reportagens investigativas e seus profissionais treinaram mais de 5 mil jornalistas e estudantes de jornalismo. Em 2022, participam do projeto 43 organizações de mídia de todas as regiões do Brasil. São sites de notícias, rádios, TVs e jornais que trabalham colaborativamente para minimizar os efeitos da desinformação sobre a pandemia e as eleições presidenciais.
Educação midiática é um dos compromissos do Comprova e o projeto se une a diversas iniciativas brasileiras que trabalham para levar conhecimento aos cidadãos brasileiros para que possam analisar criticamente a mídia e seus produtos e saibam lidar com a desinformação. Um dos objetivos do aplicativo é servir de apoio didático a professores que desenvolvam projetos de educação midiática nas escolas.