Quem faz o Comprova

O Comprova foi idealizado e desenvolvido pelo First Draft com a colaboração de AbrajiProjorGoogle News InitiativeMeta Journalism Project. Trata-se de um trabalho colaborativo entre veículos de comunicação parceiros para verificar informações online, publicar desmentidos no site do projeto e ampliar a difusão dos resultados em seus próprios canais. O projeto também tem parceiros nas áreas de tecnologia e institucional. Nesta página, você encontra uma lista completa de parceiros locais, nacionais e internacionais.

Como as pessoas trabalham no Comprova

A equipe de editores reúne conteúdos suspeitos sobre eleições, políticas públicas, saúde e mudanças climáticas encontrados no monitoramento de plataformas, em aplicativos de mensagens e em sites hiperpartidários e seleciona aqueles que tenham obtido maior alcance. Esses conteúdos são submetidos ao grupo de verificadores e os jornalistas interessados se alistam voluntariamente para verificar a veracidade desses conteúdos. Normalmente, cada investigação é levada a cabo por três jornalistas de distintos veículos de comunicação membros do Comprova. Finalizada a apuração dos fatos, os jornalistas escrevem um relatório que é submetido à revisão de seus pares. Esses relatórios só serão publicados quando pelo menos três outras redações participantes revisarem e validarem os passos de verificação e as conclusões obtidas.

As marcas desses veículos também aparecem junto ao relatório final da apuração. Conhecido como “checagem cruzada” (Cross-checking), esse processo garante que todos os jornalistas participantes tenham o compromisso, uns com os outros, de investigar e escrever os relatos de maneira completa e responsável. O processo de Cross-checking também assegura que o projeto se mantenha fiel aos princípios manifestos de transparência, precisão e imparcialidade. Cada relato publicado no site do Comprova será divulgado por meio das redes sociais e canais de WhatsApp do projeto, além de incorporados ou citados por redações parceiras em sua cobertura própria. O site foi criado especificamente para mobile, com funcionalidade semelhante a uma plataforma social, para que os usuários possam compartilhar os relatos de maneira rápida e fácil em suas próprias redes.

Como os parceiros foram selecionados

Em novembro de 2017, um pequeno número dos maiores veículos de comunicação do Brasil foi consultado, num encontro em São Paulo, para dizer se havia interesse em participar de um projeto como o Comprova. Nessa reunião, ficou combinado que as redações iriam sugerir outros integrantes, num esforço para garantir a presença de veículos de todo o país. Nos meses seguintes, um grupo de diferentes conselheiros vindos das áreas acadêmica, jornalística e da sociedade civil também fez recomendações.

O projeto, que foi criado para operar durante o período eleitoral de 2018, recebeu apoio para prosseguir e, desde então, tem reunido seus membros em fases anuais. Antes do início de cada fase, um colegiado formado por representantes de todos os veículos que participam do projeto, reúne-se para deliberar sobre o ingresso de novos veículos. Organizações que recebem a aprovação de 2/3 do colegiado podem juntar-se ao projeto.

Como o Comprova é financiado e qual é a relação do projeto com seus financiadores

O Projeto Comprova é uma iniciativa sem fins lucrativos liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – Abraji. O Google News Initiative e o Meta Journalism Project vêm dando apoio financeiro ao Comprova desde o início do projeto, em 2018. Esses recursos são utilizados para ajudar a treinar os jornalistas dos veículos parceiros, remunerar a equipe editorial e os profissionais de suporte administrativo e pagar bolsas que permitam que jornalistas de redações com menos recursos possam participar ativamente do projeto.

  • Desde 2021, o WhatsApp apoia o Comprova financiando uma solução tecnológica para atendimento dos leitores pelo aplicativo.
  • Em 2020, o Twitter forneceu créditos para impulsionamento de publicações na plataforma. First Draft apoiou financeiramente o projeto no início da pandemia e colaborou nos programas de formação dos jornalistas que trabalham no projeto. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil financiou o projeto + Comunidades, permitindo que oito coletivos jornalísticos que têm foco em questões raciais, religiosas ou que atuam em comunidades periféricas pudessem participar do Comprova por seis meses, recebendo treinamento, equipamentos e bolsas.
  • Em 2022, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil financiou o projeto +Redações, que possibilitou a seis organizações de mídia (uma de cada região e outra do Distrito Federal) ter um jornalista dedicado ao Comprova por 11 meses.
  • Em 2023, o Google financiou o desenvolvimento do aplicativo do Comprova (Android e iOS). O TikTok contribui com recursos para formação de equipe de produção e criação de conteúdos em vídeo para distribuição nas redes sociais do Comprova e de seus parceiros.

O Comprova é uma iniciativa sem fins lucrativos e necessita de financiamento de terceiros para executar seu trabalho. Não há, no entanto, qualquer ingerência dos financiadores na definição de estratégias e decisões editoriais e nem qualquer envolvimento com as equipes que fazem as investigações.

Como empresas de tecnologia apoiam o Comprova

Recebemos contribuições financeiras do Google News Initiative e do Meta Journalism Project.

Além disso, o Google ajudou na compreensão de seus trending topics e o Facebook forneceu, a todos os parceiros, acesso ao CrowdTangle para monitorar informações online. Meta (Facebook) também contribuiu com a promoção de posts da página do Comprova na rede social. O WhatsApp nos ajudou a estabelecer um canal WhatsApp Business. O Twitter deu destaque a nossos relatos nos Twitter Moments e, por meio do programa Ads for Good, promoveu os posts que falaram sobre a importância da compreensão de notícias. O NewsWhip forneceu acesso à plataforma Spike para que os veículos parceiros monitorem informações online. Torabit e a UFMG também apoiaram o projeto disponibilizando ferramentas que ajudam no trabalho de monitoramento. TikTok ajudou a financiar a nossa produção de vídeo.

Não há qualquer ingerência das empresas de tecnologia no trabalho do Comprova e nem o projeto compartilha dados provenientes de seu trabalho de investigação com as empresas de tecnologia parceiras.

Como o Comprova escolhe o que será investigado

O Comprova monitora conteúdos suspeitos ou duvidosos publicados em sites e plataformas sociais sobre políticas públicas, eleições, saúde e mudanças climáticas usando aplicações como NewsWhipGoogle TrendsCrowdtangle, Tweetdeck e Junkipedia. Para embasar o monitoramento, a equipe de editores mapeia previamente temas, perfis, grupos, páginas e palavras-chave relacionadas ao escopo de investigação do projeto. O Comprova também recorre ao monitoramento manual de sites e páginas em redes sociais.

Por meio de nosso website, de perfis no Facebook, Instagram, Linkedin, Threads, Bluesky, Kwai, TikTok e Twitter, e de um número dedicado no WhatsApp, recebemos da audiência sugestões e solicitações de verificações para conteúdos que estejam circulando nas redes sociais ou em aplicativos de mensagens. As organizações parceiras também acrescentam “dicas” que recebem diretamente dos seus públicos.

O Comprova é um projeto independente e sem vieses. A decisão por investigar um conteúdo suspeito considera sempre a repercussão ou o potencial de alcance desse conteúdo, medido por ferramentas de monitoramento digital ou de prognósticos métricos que identifiquem as histórias com maior amplitude e potencial de propagação.

Em cada relatório publicado, o Comprova descreve em detalhes como foi feita a investigação e explicita as razões que levaram o projeto a abrir uma verificação.

O que o Comprova não investiga

O Comprova não investiga conteúdos cuja origem seja um veículo jornalístico. Entendemos que as organizações jornalísticas podem cometer erros, mas dispõem de suas próprias políticas de correção.

Dentre as agências verificadoras, recomendamos que você siga outras iniciativas brasileiras como Agência Lupa, Aos Fatos, Fato ou Fake, AFP Checamos, Estadão Verifica, UOL Confere, Boatos.org e E-Farsas.

Quem pode reproduzir os conteúdos do Comprova

O copyright de todo o material produzido pelo Comprova segue a Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-ND 4.0). Compartilhe: copie e distribua o material em qualquer meio ou formato, com qualquer propósito – mesmo comercial. O cedente não pode revogar essa liberdade, desde que sejam seguidos os termos da licença. Por esses termos:

  • Atribuição — É preciso dar o crédito apropriado, fornecer um link para a licença e indicar se foram feitas mudanças no conteúdo. Você pode fazer isso de modo razoável, mas não de forma a sugerir o endosso do cedente.
  • Sem Derivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material utilizado, não será possível distribuir o conteúdo novo.
  • Sem restrições adicionais — Você não pode usar termos legais ou tomar medidas tecnológicas que restrinjam legalmente outras pessoas de fazer qualquer coisa que a licença permita.

Como é a política de correção de erros do Comprova

O Comprova se empenha para que suas verificações sejam precisas e tem um compromisso com erro zero. As verificações passam sempre pela revisão por pares (ao menos três jornalistas de redações que não se envolveram com a apuração fazem o cross-checking) e pela revisão dos editores. Mesmo assim, em caso de cometimento de algum erro, a correção é feita o mais rapidamente possível e é identificada com destaque no relatório informando quando a correção foi feita e o conteúdo que sofreu alteração. As mudanças são imediatamente comunicadas aos parceiros para que procedam com a correção também nas publicações feitas em seus próprios canais.

Em casos de pessoas identificadas erroneamente, falsamente acusadas ou correndo o risco de se transformar em vítimas a partir de sua inclusão em uma reportagem, o Comprova toma todas as medidas necessárias para proteger a identidade e a dignidade dos indivíduos.

Quem faz parte da equipe editorial do Comprova

O Comprova tem quatro editores:

Helio Miguel Filho é jornalista formado pela UFPR e já trabalhou para veículos de imprensa como os jornais O Estado do Paraná e Gazeta do Povo, para a Câmara Municipal e a Fundação Cultural de Curitiba, além de organizações como o Sesc São Paulo. É editor no Projeto Comprova desde a sua primeira fase, em 2018. Helio é editor de distribuição e coordena também as estratégias de mídias sociais.

David Michelsohn foi editor de infografia e multimídia da revista Época de 2008 a 2011 e trabalhou em outros títulos da Editora Globo. Exerce trabalho voluntário na Associação Bike Anjo, no grupo de acolhimento e resolução de conflitos. No Comprova, ele atua como editor de arte e vídeo e é responsável pela comunicação visual do projeto.

José Antonio Lima é jornalista com experiência em política brasileira e internacional, e doutor em Relações Internacionais. É editor-assistente do Comprova desde o início do projeto, em 2018.

Sérgio Lüdtke é jornalista com passagens pelo Grupo RBS e Editora Globo. Ele é presidente do Projor, coordena o censo Atlas da Notícia, que mapeia a presença do jornalismo local e os desertos de notícias no Brasil, e a área de cursos. da Abraji. É editor-chefe do Comprova e responde pela área executiva, faz a representação pública do projeto e a interlocução com os veículos-membros e com a Abraji.

A lista dos verificadores é publicada no encerramento de cada fase do projeto. Aqui estão as listas dos verificadores nas diversas fases do Comprova:

O Comprova conta desde o início do projeto com o apoio de estudantes de comunicação da FAAP.

O Comprova também tem um Conselho Editorial formado por cinco representantes dos veículos membros que dá suporte à Redação.

Como entrar em contato com o Comprova

Para todas as perguntas, escreva para [email protected] e nós responderemos assim que possível.

Para enviar sugestões de verificação de conteúdos sobre políticas públicas do governo federal, pandemia e eleições presidenciais, use também nosso formulário no site ou o WhatsApp.